Sumario: | Estava na hora de começar. O grande propósito: criar um espetáculo
unipessoal que partisse da solidão na sala de ensaio e prescindisse
de um olhar externo que escolhesse e dirigisse a proposta cênica. Os
pressupostos estavam ali para me guiar por um caminho que só eu
mesmo poderia construir. No entanto, a pergunta principal era qual
seria o meu ponto de partida. Encontrei a resposta nas palavras de
Odete Aslan (1979), citadas no primeiro capítulo, quando define a
noção de ator-criador a partir da nostalgia daquele que não pode criar
um objeto artístico concreto (como o escritor, o pintor ou o compositor).
Resistente àquela ideia mais tradicional do ator que não pode por si
mesmo ser o criador de sua obra, a chave deveria se encontrar nos
meios que usam aqueles outros artistas.
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